
O Cineclube Coxiponés é o mais antigo de Mato Grosso, atuando como divulgador da cultura cinematográfica e do audiovisual mundial e brasileiro, desde 1977. Ele foi criado na Universidade Federal de Mato Grosso com o objetivo de formar público criticamente qualificado e ambiente para discussão sobre a história e a atualidade contemporänea, através da sétima arte. O Coxiponés desempenha um importante papel para o fortalecimento da cultura cinematográfica no Estado, através da exibição de filmes de reconhecida qualidade artística.
Na primeira fase de sua criação dedicou-se a apresentar filmes em película da França, Canadá, Alemanha entre outras nacionalidades. Na década de 1980, consolidou-se como espaço de difusão e discussão de filmes. As atividades ampliaram-se, firmando parcerias para a exibição da cinematografia nacional. Após a sua consolidação junto ao público, o Coxiponés passou a atuar também como fomentador de qualificação profissional, através de oficinas especializadas que permitiram o surgimento de cineastas e videomakers no Estado.
Há mais de trinta anos cumpre também sua função social de levar o conhecimento cinematográfico ao público por meio de palestras, seminários e discussões sobre a sétima arte. Nessas três décadas de atuação, o Coxiponés também firmou-se como parceiro dos realizadores brasileiros, dando apoio a filmes como “O Canto da Terra”, de Paulo Rufino; “Mário”, de Hermano Penna; “Três Chapadas e um Balão”, de Flávio Frederico; “Cronicamente Inviável”, de Sergio Bianchi e na coordenação do Doc TV IV Mato Grosso – programa de fomento a produção de documentários veiculados pela TV Universidade (UFMT) e demais TVs públicas brasileiras.
A partir de 2002, o Coxiponés trilhou um novo caminho, através da Mostra Nacional de Vídeo Universitário. Uma oportunidade da comunidade acadêmica e o público em geral conhecer o que de melhor se produz em audiovisual dentro das universidades públicas e privadas brasileiras. A Mostra Universitária também dá oportunidade aos produtores independentes de todo o país mostrarem o seu trabalho, revelando a pluralidade de olhares sobre a nossa cultura. Em 2009, iniciou uma série de oficinas sobre cineclubismo nos campi do interior – Araguaia, Sinop e Rondonópolis – para formar e estimular novos exibidores alternativos em Mato Grosso, estado carente de salas de cinema que exibam a produção nacional de filmes.
A atuação do Coxiponés vai além da exibição e discussão de filmes. Ele é também local de pesquisa acadêmica, através de seu acervo de cerca de mil obras, hoje em processo de digitalização. O Coxiponés é uma supervisão ligada a Coordenação de Cultura da UFMT, cuja sede localiza-se no Centro Cultural do campus de Cuiabá. Possui um auditório com capacidade para 250 espectadores, com sessões semanais, às quintas-feiras. Realiza também a sessão Curta ao Sábado, dedicada ao cinema brasileiro, num projeto desenvolvido com o apoio da Adufmat e patrocínio do Cine Mais Cultura, do Ministério da Cultura. Pouco tempo atrás, reformou um de seus espaços físicos para abrigar a sala Névio Lotufo, com 40 lugares, que serve aos professores da UFMT, por agendamento, para aulas com audiovisual dos cursos de graduação e pós-graduação.

Nas fotos, Moacir com integrantes da Oficina de Cineclubismo realizada em setembro de 2009 no Campus do Araguaia da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, em Barra do Garças.
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